A situação dos sistemas de informação na saúde é vista com preocupação.

Por este motivo a Ordem dos Médicos pretende lançar um debate esclarecido para a melhoria das políticas relativas aos sistemas de informação na saúde, de modo a que os beneficiários e utilizadores estejam no centro das atenções, quanto à utilidade, fiabilidade, segurança, consistência e operacionalidade dos sistemas de informação e exista uma política clara de avaliação de resultados.

Sendo uma área sensível geradora de emoções, é fundamental que este debate se apoie num quadro sério de referências, tanto quanto possível ancoradas na realidade e nos sentimentos das pessoas e instituições de qualquer natureza ou dimensão, públicas, sociais e privadas, que todos os dias estão envolvidas ou são, de um modo ou de outro, abrangidas.

A APEGSAUDE colaborou com a Ordem dos Médicos na elaboração deste Green Paper, documento sintético, que pretende servir de base para debate. Nele se encontrará um conjunto de informações, opiniões e sentimentos, espelhando a situação real, bem como variadas reflexões sistematizadas relativas à natureza das causas e a possíveis caminhos e soluções cuja exploração não deve deixar de ser considerada.

As TIC (Tecnologias de Informação e Comunicações) na área da Saúde têm sido desde há vários anos uma fonte de preocupação, dado o impacto significativo no dia-a-dia dos diversos profissionais de alguma forma ligados e/ou dependentes dos Serviços de Informática. De facto, apesar de se ter percorrido um longo caminho, no sentido positivo, na melhoria das ferramentas e aplicações e na disponibilização de novas funcionalidades, existe um grau de insatisfação significativo por parte desses grupos de utilizadores, patente não apenas nas audições efetuadas no âmbito deste trabalho, mas também nos inquéritos à satisfação promovidos por uma das principais entidades fornecedores de produtos e serviços nesse domínio.

O Green Paper não traduz nem exprime uma posição da Ordem dos Médicos nem da APEGSAUDE sobre os problemas ou sobre eventuais políticas de melhoria. É apenas um conjunto de considerações e de reflexões que o grupo de trabalho constituído pelas duas instituições admite serem um bom ponto de partida para o debate necessário.